Lisboa é a nova Capital Europeia da Inovação, no quadro do programa Horizonte Europa, apoiado pelo Conselho Europeu.
Desta forma, a capital portuguesa irá receber um milhão de euros para investir em empresas e startups.
O prémio Capital Europeia da Inovação foi anunciado em 27 de novembro de 2023 em Marselha. Lisboa era uma das três finalistas, juntamente com Lviv da Ucrânia e Varsóvia da Polónia.
Os critérios para concorrer a premiação eram: experimentação, crescimento, construção de ecossistema, expansão e visão inovadora para a cidade.
Foi a primeira vez que uma cidade portuguesa venceu. Para concorrer, Lisboa usou a Fábrica de Unicórnios (Unicorn Factory Lisboa – UFL), sedeado no Hub Criativo do Beato, na capital portuguesa (https://hubcriativobeato.com/noticia/unicorn-factory-lisboa/)
Segundo a Câmara de Lisboa, a UFL tem como objetivo expandir o ecossistema empreendedor da cidade, de startups a scaleups e, potencialmente, unicórnios.
Deste modo, é um motor para o crescimento económico e uma força motriz de inovação, atraindo talento, novos projetos e investimento.
Em dois anos, a UFL atraiu 54 novos centros tecnológicos para Lisboa (vindos de 23 países), anunciou 10.000 postos de trabalho, lançou 13 programas de incubação e aceleração, e triplicou o número de startups incubadas.
Aliás, atualmente, existem 4.073 startups em Portugal que geram, no seu conjunto, 2,3 mil milhões de euros de volume de negócios e 1,3 mil milhões de euros em exportações, sendo responsáveis por cerca de 25 mil empregos.
Desde o início da última década, a criação de startups cresceu em todos os anos, com exceção de 2020.
70% do total das atuais startups foram criadas nos últimos 5 anos, com 2021 e 2022 a atingirem os máximos na criação de startups, com 600 e 706, respetivamente.
Os distritos de Lisboa (1.822) e Porto (643) são aqueles onde se encontram a maioria das startups. Em número de startups, seguem-se os distritos de Setúbal, Braga, Aveiro, Coimbra e Leiria.
83,2% das startups em Portugal são detidas por sócios individuais. Das restantes startups, 9,4% têm uma empresa mãe de capital estrangeiro e 7,5% uma empresa mãe de capital nacional.
84% das startups são empresas de serviços intensivos em conhecimento de alta tecnologia.
35% das startups são exportadoras, comparado com uma média de 11% no tecido empresarial geral.
Entre 2019 e 2022, o volume de negócios das startups cresceu 24,4%, uma percentagem muito superior aos 9,1% quando considerada a totalidade do tecido empresarial. 26% das startups cresceu consecutivamente nos 3 anos.
Por fim, a remuneração média das startups é de cerca de €1.700,00 por empregado, um valor superior em 37% à média das empresas portuguesas.
Fonte: Startup Portugal, IDC e Informa D&B / SIC / Informa