A população estrangeira residente em Portugal aumentou em 2020 pelo quinto ano consecutivo, totalizando 662.095 cidadãos.
Este é o valor mais elevado registado pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) desde o seu surgimento, em 1976, conforme revela o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) divulgado em 23 de junho.
Os brasileiros mantêm-se como a principal comunidade estrangeira residente no país, representando no ano passado 27,8% do total, o valor mais elevado desde 2012.
No final de 2020, viviam em Portugal 183.993 brasileiros, seguido dos cidadãos do Reino Unido (46.238), de Cabo Verde (36.609), Roménia (30.052), Ucrânia (28.629), Itália (28.159), China (26.074), França (24.935), Índia (24.550) e Angola (24.449).
Segundo o Relatório, os imigrantes residem sobretudo no litoral, sendo que 68% está registado nos distritos de Lisboa, Faro e Setúbal, totalizando 450.074 cidadãos residentes, enquanto em 2019 eram 405.089.
Em termos de áreas de residência, ocorreram subidas em Lisboa, Vale do Tejo e Alentejo com um aumento de 17,2% (em consequência das subidas em Setúbal, Beja e Santarém). Também se verifica um aumento de estrangeiros a viver no distrito de Viana do Castelo.
Por fim, em 2020 houve menos novas autorizações de residência a estrangeiros: foram emitidos 118.124 novos títulos, uma diminuição de 8,5% relativamente ao ano anterior (quando foram 129.155).
De acordo com o SEF, os motivos mais relevantes na concessão de novos títulos de residência foram o reagrupamento familiar (35.736), a atividade profissional (29.715) e o estudo (12.285).
Fonte: AICEP / Lusa / SEF