A economia brasileira sofreu em 2020 uma contração próxima a 4,3%, a maior dos últimos 25 anos, segundo projeções divulgadas no início de março, pelo Centro de Estudos Económicos da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A economia brasileira no ano supera assim a retração de 3,5% que o país sofreu em 2015, quando o PIB brasileiro caiu cerca de 7%.
Após as retrações de 2015 (3,5%) e 2016 (3,3%), o Brasil voltou a crescer em 2017, com avanço de 1,3%, e manteve uma tímida taxa de recuperação em 2018 (1,8%) e 2019 (1,9%).
A maior economia sul-americana cresceu 2,5% no último trimestre de 2020 após se ter expandido 7,7% no terceiro, encerrando 2020 com uma contração acumulada de 4,3%.
Quase todos os setores de produção da economia encerraram o ano com queda acentuada, com destaque para os serviços, responsável por quase 70% do PIB do país, com exceção da agricultura e da mineração, que beneficiaram do aumento dos preços das matérias-primas, das exportações e da desvalorização do real.
O consumo das famílias fechou 2020 com queda de 5,6%, e foi salvo de um colapso ainda maior por uma ajuda mensal que o Governo distribuiu para 67 milhões de desempregados e desfavorecidos que foram impactados pela pandemia.
Pelas projeções dos economistas consultados pelo Banco Central, a economia brasileira pode começar a recuperar em 2021, quando é esperado um crescimento de 3,47%, que será reduzido para 2,50% em 2022, 2023 e 2024.
Mas essa recuperação dependerá sobretudo de como o Brasil avançará na campanha de imunização contra o vírus covid-19.
Fonte: Sapo