Segundo o estudo Building a Scale Up Nation, apresentado no mês passado, o ecossistema de startups português levantou 710 milhões de euros em 2022, dos quais 421 milhões foram canalizados para startups com sede em Portugal, os demais para startups com sede fora do país.
Sendo assim, o ecossistema português recuou em relação ao valor levantado em 2021, 1.473 milhões de euros, ano em que seis startups portuguesas atingiram o patamar unicórnio (startups que alcançaram valor de mercado de pelo menos 1 bilhão de dólares).
Se globalmente, há uma queda dos montantes levantados pelas startups junto de fundos de investimento, no que toca às startups com sede em Portugal a evolução é positiva: aumentando de 169 milhões em 2021, para 421 milhões este ano.
Ao nível de ‘early growth’ (startups em início de crescimento) a evolução foi igualmente positiva, com as startups a ver o investimento dos fundos a subir de 53 milhões para 109 milhões, de acordo com o estudo.
Desde 2017 foi levantado pelo ecossistema de startups português 3.830 milhões, dos quais 74% por startups com sede fora do país, sobretudo nos Estados Unidos.
Do montante global levantado desde 2017, 25% foi canalizado para fintechs, 22% para enterprise software e 12% marketing.
Com vista para o futuro, há ainda um potencial de 3.880 startups e scaleups (empresas que crescem de maneira escalável) com 69.100 colaboradores e com uma avaliação de 34,7 mil milhões.
Destas, 62% estão em fase seed (inicial), 28% de early growth (crescimento inicial) e 10% em late growth (crescimento avançado), com Lisboa (43%), Porto (21%) e centro (19%) concentram a maior parte das empresas.
Fonte: Startup Portugal / AICEP/ ECO