Segundo o estudo ‘Women Matter’ (‘Mulheres Importam’) da McKinsey & Company, que analisou 45 empresas com mais de 300 mil empregados na península ibérica, Portugal lidera a incorporação das mulheres no mercado de trabalho na União Europeia, com 50% da população ativa.
Portugal ocupa atualmente o 15.º lugar no Índice de Igualdade da União Europeia e o 29.º no Índice Global de Desigualdade de Género do Fórum Económico Mundial.
No entanto, apesar de Portugal se destacar nas questões de equidade laboral, a desigualdade de género mantém-se e as mulheres continuam a enfrentar uma situação de disparidade na progressão profissional, ocupando apenas 6% dos cargos de liderança.
O mesmo acontece para as posições superiores, onde as mulheres portuguesas ocupam apenas 16% destes lugares, em comparação com uma representação média europeia de 22%.
Segundo o estudo da McKinsey & Company, 79% dos colaboradores em empresas com uma elevada percentagem de liderança feminina estão satisfeitos com a sua organização, em comparação com 65% de satisfação em empresas com baixa presença de mulheres em cargos de topo.
Os autores do estudo argumentam por isso que a liderança feminina tem um impacto positivo no bem-estar dos trabalhadores, uma vez que as gestoras de topo colocam maior ênfase no desenvolvimento profissional da equipa, no apoio aos colaboradores mais jovens, no bem-estar dos empregados e na flexibilidade do trabalho.
Por fim, Portugal também é o país com a taxa de emprego mais elevada para mulheres entre os 20-49 anos com filhos – mais de 80% em comparação com a média europeia de 64,1%.
Fonte: AICEP / Executive Digest / McKinsey & Company