Os brasileiros residentes em Portugal são os imigrantes responsáveis pela maior fatia de remessas pagas ao exterior: em 2020, esta comunidade enviou 241 milhões de euros para o Brasil. Em segundo lugar estavam os chineses em que enviaram 43 milhões de euros de Portugal para o seu país de origem. Em terceiro lugar ficaram os franceses em Portugal, com remessas de 20 milhões de euros.
No sentido inverso, a maior fatia de remessas que Portugal recebeu em 2020 vinha da Suíça: foram enviados 1.037 milhões de euros deste país para território português. Em segundo lugar estava a França, com um valor de 1.036,6 milhões de euros. Por fim, o Reino Unido, que concluiu o período de transição da saída da União Europeia, enviou 379 milhões de euros.
2020 foi um ano de pandemia em que famílias e empresas viram a sua atividade condicionada por medidas de confinamento. Mesmo assim, Portugal foi o país da União Europeia que recebeu mais remessas enviadas pelos seus emigrantes (portugueses no exterior): 3.613 milhões de euros.
Desde 2012, Portugal vem sendo o país a receber mais remessas de emigrantes, com exceção de 2019, quando Roménia recebeu mais.
Na verdade, em 2020 só as remessas recebidas pela Roménia são comparáveis às que deram entrada em Portugal: os romenos espalhados pelo mundo enviaram para o seu país 3.422 milhões de euros, e os polacos, 2.432 milhões.
Na sua totalidade, os imigrantes em Portugal enviaram apenas 486 milhões de euros para o exterior em 2020, o que permitiu um saldo positivo de 3.127 milhões de euros (3.613 – 486), o que transformou as remessas num contributo positivo para as contas externas do país.
Fonte: Jornal de Negócios / Banco de Portugal / Eurostat