Segundo dados do relatório anual do Observatório das Migrações, os estrangeiros residentes em Portugal têm vindo a aumentar seu contributo para a Segurança Social: em 2022, pagaram 1.861 milhões de euros à Segurança Social, quando receberam 256,8 mil euros em forma de subsídios (ou seja, contribuíram sete vezes mais do que arrecadaram).
Fazendo as contas, a Segurança Social lucrou 1.604,20 milhões de euros graças aos imigrantes, o valor mais elevado de sempre – e quase o dobro de há quatro anos.
A título de comparação, em 2021, as contribuições foram de 1.293,2 milhões de euros, quando os benefícios eram mais de 320 milhões de euros, resultando num crédito de 968 milhões de euros para a Segurança Social.
O relatório refere que o saldo positivo é um reflexo da diminuição de 21,1% face a 2021 das prestações sociais, que pode ser explicado pelo fim da pandemia de Covid-19 e a normalização dos apoios atribuídos, e ainda o aumento das contribuições dos trabalhadores estrangeiros residentes em Portugal para a Segurança Social, que aumentou 43,9% face a 2021.
Atualmente, os imigrantes (ou seja, estrangeiros residentes) constituem 7,5% no total da população portuguesa.
Por um lado, têm uma taxa de desemprego de mais do dobro da dos portugueses.
Por outro, possuem também uma taxa de atividade mais alta do que os portugueses, desempenhando sobretudo trabalhos mal pagos, mais arriscados e onde trabalham mais horas semanalmente do que os portugueses.
Dado o exposto, o relatório conclui que os estrangeiros residentes no País mostram maior capacidade contributiva que os portugueses para a Segurança Social.
Fonte: Observatório de Migrações / Público / Jornal de Negócios / Correio da Manhã