Segundo o Knight Frank Global Branded Residences Report 2023, Portugal está no top 5 dos destinos para compras de segunda habitação dos clientes mais abastados.
Trata-se de indivíduos com um património líquido de 30 milhões de dólares ou mais (incluindo o valor da sua residência principal).
Segundo o relatório, Portugal está em quinto lugar no mercado europeu e na segunda posição no mercado americano.
Globalmente, os inquiridos afirmaram ainda que teriam interesse em comprar casa para segunda habitação nos EUA, no Reino Unido, na Austrália, em Espanha e em França.
O relatório, que incide sobre o mercado de segunda habitação e tem um foco especial sobre o segmento das chamadas ‘Branded Residences’ (imóvel residencial ou de turismo residencial associado a uma marca), concluiu ainda que a procura para os próximos tempos será impulsionada pelo aumento da riqueza, pelo desejo dos investidores em expandir as carteiras de imóveis residenciais e ainda pelo crescimento da mobilidade.
Neste mercado, as previsões apontam para um aumento de 31% nas viagens a nível mundial, acima dos níveis pré-pandémicos.
A América do Norte representa quase 40% de todos os projetos, sendo precedida pela região Ásia-Pacífico (20%) e ainda pela Europa (13%).
Os projetos estão localizados em 52 países, com os EUA em destaque.
Em termos de mercados em crescimento, 60% do mercado do Médio Oriente está atualmente em desenvolvimento.
Seguem-se a Europa e a América Latina com 49% e 46%, respetivamente.
Em termos absolutos, os maiores projetos em desenvolvimento encontram-se nos EUA (36 projetos conhecidos), nos Emirados Árabes Unidos (7), no México (7), no Reino Unido (5) e na Arábia Saudita (4).
Segundo o relatório, Portugal ainda não está no top dos países mais procurados para ‘Branded Residences’, mas juntamente com Reino Unido, Turquia, França, Itália e Grécia, encontra-se entre os mercados com maior potencial de crescimento.
Enquanto isso, segundo o estudo ‘A crise de habitação nas grandes cidades’ da Fundação Francisco Manuel dos Santos, para os cidadãos menos afortunados, ficou mais difícil comprar uma casa em Portugal: em cinco anos, o valor necessário para dar entrada numa casa aumentou 86% e mais que duplicou no Porto.
Fonte: Knight Frank / AICEP / Visão / FFMDS