Nos últimos 4 anos, mais de 27 mil estrangeiros chegaram a Portugal com posse, tanto por via do visto D7 como por meio do visto para nómada digital.
Prova disso é que desde 2018 e até 10 de abril de 2023, foram emitidos 26.525 vistos D7, documento atribuído a pessoas que comprovem a existência de rendimentos próprios (pensões, remunerações de investimentos, dividendos) obtidos no seu país de origem.
Paralelamente, desde 30 de outubro de 2022, igualmente foram emitidos 800 vistos aos trabalhadores remotos, visto exclusivamente criado para os nómadas digitais.
Em ambos os casos, as nacionalidades com mais vistos emitidos foram a norte-americana, britânica e brasileira.
Estes dados vêm comprovar a atratividade de Portugal na esfera internacional e, em consequência, a pressão existente no mercado habitacional.
Em 2022, os estrangeiros compraram quase 11 mil casas, gastando um total de 3,6 mil milhões de euros.
O Algarve e a Grande Lisboa foram as regiões que captaram a grande fatia do investimento, num exercício em que o preço da habitação apresentou uma subida de 12,6% – o maior aumento de que há registo.
Na capital, o mercado internacional valeu 37% dos 2,4 mil milhões aplicados na aquisição de imobiliário residencial, ou seja, quase 900 milhões.
Também no arrendamento, os estrangeiros continuam a gerar um volume significativo, visto que no final de 2022, registou-se nos novos contratos um aumento de 10,6%.
Por fim, entre 2016 e 2021, a população estrangeira na capital portuguesa quase duplicou, totalizando mais de 108 mil pessoas, com destaque para os brasileiros, franceses e italianos.
Fonte: AICEP / Dinheiro Vivo / Ministério dos Negócios Estrangeiros / Instituto Nacional de Estatística