Segundo o estudo EY Attractiveness Survey Portugal 2021, a pandemia causada pelo vírus COVID-19 traduziu-se numa quebra no número de investimentos angariados em Portugal. Porém, as perspetivas futuras são positivas, já que 37% dos inquiridos pela EY planeia criar ou expandir as suas operações no país.
Ao nível europeu, França continua a ser a economia europeia mais atrativa para investidores estrangeiros (com 18%), seguida do Reino Unido e Alemanha (ambos com 17%), Espanha (6%), Bélgica, Polónia, Turquia e os Países Baixos (4% cada), Irlanda e Portugal (ambos com 3%).
Na Europa, a pandemia trouxe uma quebra de 13% nos projetos de ambiente de desenvolvimento integrado (IDE). Espanha foi o país mais afetado (-27%), mas em Portugal a quebra foi apenas de 3%.
Dos 154 projetos de IDE que Portugal atraiu em 2020, 113 foram novos e os restantes 41 (27% do total) eram apenas expansões de projetos já em curso. Em conjunto, estes investimentos criaram mais de 8.900 postos de trabalho, sendo 57% associados aos novos projetos.
68 projetos foram para a região de Lisboa, 55 para o Norte e 24 para o centro.
A investigação e desenvolvimento (I&D) contou com 33 projetos de IDE, sobretudo relacionados com investimentos em serviços de TI e digitais. Aliás, o aumento dos investimentos em I&D é uma tendência que se tem vindo a acentuar nos últimos anos: 12% em 2018, 17% em 2019 e 21% em 2020.
O estudo da EY revela ainda que em 2020, 70% dos investidores foram europeus e 30% do resto do mundo. Os Estados Unidos foram o país responsável pelo maior número de projetos (25), seguidos de Espanha (com 23) e França (22).
Fonte: ECO / AICEP