Segundo o Relatório Estatístico Anual de 2022 do Observatório das Migrações (OM), apresentado na Assembleia da República no passado dia 19 de dezembro, em 2021, os estrangeiros representavam 6,8% do total de residentes, somando 698.887 pessoas. Os números oficiais para 2022 ainda não estão disponíveis.
Segundo o OM, os motivos para os estrangeiros residirem em Portugal no ano de 2021 foram essencialmente o estudo, o reagrupamento familiar e a aposentação.
Assim, 82,4% do total de vistos de residência atribuídos foram destinados: 46,5% para estudo, 21,5% para reformados e 14,4% para reagrupamento familiar.
Em 2020 estes três tipos de vistos representaram em conjunto 88% do total de vistos de residência atribuídos nos postos consulares, nomeadamente 53,6% para estudo, e 21,6% para reagrupamento familiar, e 12,8% para reformados.
Os títulos que mais cresceram nos últimos 10 anos foram as autorizações de residência para atividade profissional subordinada (de 7.501 em 2011 para 30.795 em 2020 e 62.206 em 2021).
Os titulares de autorização de residência por reagrupamento familiar também aumentaram: em 2017 eram 11.811, tendo passado para 32.081 em 2019, para 30.829 em 2020 e para 36.290 em 2021.
Na União Europeia, apenas nove países têm uma taxa de residentes estrangeiros abaixo de Portugal, são eles: República Checa (5,8% estrangeiros no total de residentes, com 625.500 residentes estrangeiros), Finlândia (5% ou 278.900), Lituânia (2,9% ou 79.900), Croácia (2,5% ou 101.000), Hungria (2% ou 194.500), Bulgária (1,9% ou 128.600), Eslováquia (1,5% ou 82.000), Polónia (1,2% ou 457.000) e Roménia (0,8% ou 144.600).
No sentido inverso, o Luxemburgo é o país que se destaca como o país que mais acolhe estrangeiros, somando 47,2% de estrangeiros na população residente.
Fonte: OM / Observatório / JN