Segundo dados da Pordata, Portugal está a envelhecer: o país perdeu mais de um milhão de crianças e jovens nos últimos 50 anos, franja que representa hoje 12,8% do total da população.
Desta forma, Portugal tornou-se no segundo país europeu mais envelhecido (com menor proporção de crianças e jovens na sua população), perdendo posição apenas para Itália.
Em 50 anos, o número de crianças e jovens diminuiu para quase metade (-46%): até ao início da década de 1980, as crianças e jovens perfaziam pelo menos um quarto da população, mas em 2022, representavam apenas 12,8%.
Neste ano, viviam em Portugal 1,3 milhões de crianças e jovens até aos 15 anos, dos quais 51% do sexo masculino e 49% do sexo feminino.
Atualmente, mais de 65 mil crianças e jovens que residem em Portugal têm nacionalidade estrangeira, representando 4,9% do total da população com menos de 15 anos, sendo que, 18% dessas crianças já nasceram em Portugal.
Entre estas crianças estrangeiras destacam-se as nacionalidades brasileira (45%), angolana (8%) e chinesa (4%), com igual preponderância entre as cerca de 12 mil crianças nascidas em Portugal e cuja distribuição por nacionalidade faz-se com 29% brasileiras, 15% chinesas, 9% angolanas, 6% cabo-verdianas e 5% ucranianas.
No que diz respeito ao contexto familiar das crianças e jovens, a maioria (81%) vive em núcleos familiares compostos por um casal, enquanto 19%, ou seja, mais de 254 mil, vive numa família monoparental, sobretudo com a mãe (89%).
Além disso, Portugal conta com 266 mil crianças e jovens pobres, dos quais 76 mil com menos de 6 anos.
De acordo com as projeções do INE – Instituto Nacional de Estatística, a tendência é que a população jovem em Portugal diminua dos 1,3 milhões em 2022 para 1,1 milhões em 2050 e para 1 milhão até 2080.
Fonte: Pordata / INE / SIC / Lusa